quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

RETROSPECTIVA DA HISTÓRIA DOS SURDOS

Inicialmente os surdos não eram considerados cidadãos, tendo negado o direito ao voto, ao casamento, ao estudo, entre tantos outros. Porém, tornaram-se objeto de curiosidade e consequentemente de estudo e pesquisa. Então, decide-se que nas escolas, somente poderia ser usado o Oralismo com os alunos surdos, por acreditarem que somente a linguagem oral era capaz de proporcionar um diálogo e que a língua de sinais atrapalhava o desenvolvimento dos alunos. Entretanto, a língua de sinais continuou sendo utilizada, mas de forma escondida, pelos surdos.
A partir da década de 60, adotou-se então, a Comunicação Total, uma mistura da Língua Portuguesa, linguagem oral e da Língua de Sinais; fracassando novamente, dado a confusão causada pela mistura de línguas.
Atualmente, a melhor proposta é considerada a do Bilinguismo, que prioriza a Língua de Sinais, para posteriormente utilizar uma segunda língua, a Língua Portuguesa.
Para acolher o aluno surdo, é necessário que o professor esteja preparado, bem como a instituição escola, sendo que este aluno precisa ser respeitado em sua individualidade e peculiaridade. Além disso, cabe ao educador, entender que a Língua oficial do surdo é a LIBRAS, e não a língua Portuguesa. Também, é preciso proporcionar uma gama maior de elementos visuais, visto que o surdo tem esse sentido aguçado. E, é imprescindível travar uma luta para exigir o direito que este aluno tem em ser acompanhado por uma intérprete em sala de aula.
Não é verídico que o aluno surdo tenha dificuldades de aprendizagem, e sim pode ter dificuldades em escrever, pois a Língua de Sinais difere da Língua Portuguesa. Para o aluno surdo, encontrar um professor surdo representa uma maior identificação cultural, visto que este se torna um exemplo de adulto surdo bem sucedido, situação geralmente incomum no seu cotidiano.
É preciso desmistificar o preconceito que o surdo sofre muitas vezes dentro da sua própria casa, sendo assim reproduzido na sociedade. A criança surda precisa sentir dentro da sua família, que é uma pessoa com capacidade e habilidades como qualquer outra; se for considerada assim, encontrará forças para lutar contra o preconceito com o qual irá se deparar pelo mundo afora. Por isso, os pais tem o dever de conhecer a fundo os direitos dos seus filhos, para poder garantir que os mesmos cresçam e se desenvolvam da melhor maneira possível.
O surdo precisa ser considerado como diferente em um único aspecto, a audição, mas não como deficiente ou inferior.

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