quinta-feira, 30 de abril de 2009

Vivências

Sem dúvida estudar sobre os estágio ou estádios do desenvolvimento mental, é muito interessante, pois podemos visualizar em nossos alunos e também em nossos filhos, o estágio pelo qual estão passando. Além disso, Piaget explica que os estágios seguem uma ordem e que ninguém pode “pular” algum estágio, sendo um a continuidade do outro.
Meu filho encontra-se no estágio Sensório-Motor, não apenas por estar dentro da idade prevista (pois podem ocorrer variações de indivíduo para indivíduo), mas por apresentar as características deste estágio: seu desenvolvimento mental é impressionante, desenvolve-se com uma rapidez fantástica, a cada dia aprende muitas coisas novas; na verdade parece uma espuma, que absorve tudo o que ocorre a sua volta durante o dia. É bastante egocêntrico, quer tudo para si, para o seu domínio corporal. Ex: “A mamãe é minha!”, “O papai é meu!”, entra tantas outras situações.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Construíndo com o erro

Nem sempre que ocorre o erro, ele é construtivo. Cito uma situação em que o erro não configura uma ação do sujeito com relação ao objeto; tenho uma colega, que corrigia sempre o caderno de seus alunos, porém, arrumava, ou melhor, riscava de caneta em cima daquilo que o aluno havia errado. O que havia de construtivo nisso? Nada. Então, eu e a supervisora tivemos uma conversa com a mesma e fizemos um processo de ação/reflexão com ela, para que percebesse que seria muito mais proveitoso se ela apenas circulasse ou sublinhasse com um lápis, a fim de que o aluno tivesse a oportunidade de construir uma aprendizagem a partir daquele erro, assimilando-o e tornando-o significativo. O erro é construtivo sim, quando ele proporciona ao envolvido, uma reflexão, fazendo com que ele possa assimilar o novo e acomodar diante de conhecimento que já possuía, estabelecendo uma relação de ação diante do objeto em estudo, demonstrando uma troca entre todos os envolvidos: professor e aluno.

Ação

Já havia realizado o Jogo da Divisão com os meus alunos da Classe de Apoio, visto que os mesmos encontram-se com muita dificuldade para assimilar esse conceitual. O jogo consiste na divisão feita de forma prática, utilizando o Material Dourado, sendo que os alunos, ao longo do jogo, vão fazendo um relatório das jogadas, questionando, discutindo e reflexionando a respeito das situações vivenciadas. Assim sendo, vejo que há a ação dos envolvidos sobre o objeto de estudo, fazendo com que a aprendizagem se torne significativa e ocorra através do processo de assimilação e acomodação. Depois de terminado o jogo, passamos então para o algoritmo da divisão, sendo que os alunos foram acompanhando o cálculo e observando se estava de acordo com o relatório que haviam feito. Cito a frase de um dos alunos, para ilustrar o resultado final desta atividade: - - Nossa, eu consegui fazer continha de dividir. Eu sempre achei que fosse bem difícil!!! (JRF). Portanto, ele encontrou um sentido para o conhecimento novo, transformando em aprendizagem, relacionando-o com algo que já conhecia, com uma aprendizagem anterior.