sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Crime com o educando

Infelizmente ainda encontramos professores semelhantes àquele que aparece no texto “O menininho”, de Helen Buckley. Professor este, que não deixa seus alunos serem autônomos, considerando que todos são iguais, sem peculiaridades e que aprendem da mesma forma. Não é fácil trabalhar com profissionais assim, e mais difícil ainda é fazer com que percebam que estão equivocados quanto as suas práticas pedagógicas, pois a mudança somente ocorrerá quando o educador sinta de fato, que cada aluno é único e merece ser tratado de forma individual, por mais complicado que isso possa ser. Acho que é um processo interno do sujeito, não adianta as pessoas que estão de fora quererem que ele mude, se o próprio não deseja isso. Cito aqui, a situação de uma colega de trabalho, a qual já foi chamada inúmeras vezes pela equipe diretiva, a fim de rever a sua postura, inclusive esta já é Pedagoga; no início se compromete e tenta fazer diferente, mas ao longo do tempo retorna a fazer coisas que não deveria. Eu, enquanto educadora, busco desenvolver atividades que desenvolvam autonomia e criticidade em meus educandos, procurando trabalhar de forma coletiva, na criação de regras e conceitos, a fim de transformá-los em conhecimentos. Espero que todos aqueles que forem meus alunos, possam lembrar de mim, como uma pessoa que foi acima de tudo amiga, pois creio que somente através do afeto o professor pode estabelecer uma relação de confiança com seu educando, tão necessária para ocorrer à aprendizagem. Também, procuro adequar os conceituais obrigatórios à realidade deles, para que se tornem significativos. Enfim, o diálogo, galgado numa relação de confiança e respeito mútuo, conduzirá os alunos para serem sujeitos críticos e reflexivos, capazes de transformar a realidade em que vivem.


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