sexta-feira, 12 de novembro de 2010

RELEMBRANDO O 7º SEMESTRE 2009/2

Iniciei este semestre com muitas metas e expectativas. Metas, pois deixei a desejar no semestre anterior, por uma série de questões, o que acabou atrasando muito o meu trabalho, sendo que tive muitas atividades postadas fora do previsto, mas felizmente no final, deu tudo certo. Expectativas, principalmente com relação a interdisciplina de LIBRAS, pois ficava imaginando como se daria o desenvolvimento dessas aulas. Para minha surpresa, na nossa primeira aula dessa interdisciplina, conheci a professora Janaína, que é surda e não surda-muda, pois descobri que isso não existe, e fiquei fascinada ao vê-la falar, sendo traduzida simultaneamente por uma tradutora. Maravilhoso!!! Além do que, descobri que a Língua Brasileira de Sinais é uma língua tal qual o inglês ou o espanhol, e que quem quiser falar a referida língua, deve apropriar-se da mesma. Refleti muito sobre a condição do surdo, pois ele sofre inúmeros preconceitos, sendo que muitas vezes associa-se a deficiência auditiva, outras, como deficiência mental. Estar alerta sobre a legislação vigente, a fim de poder buscar amparo legal, caso tenhamos um aluno incluso em nossas salas de aula, foi proporcionado nessa interdisciplina. A interdisciplina de Educação de Jovens e Adultos foi riquíssima com reação ao aprendizado de toda a parte legal que envolve essa etapa de escolarização, bem como as leituras de Freire, Marta Kohl entre outras. Mas, gostaria de deixar registrado, o trabalho de campo que realizamos: a entrevista com alunos de EJA. Como eu nunca trabalhei com essa clientela, senti uma mistura de sensações ao entrevistar os alunos; fiquei triste, admirada, surpresa, consternada, mas mesmo durante um curto espaço de tempo em que estive com eles, pude tirar algumas lições de vida maravilhosas. Ver alunos de 60 anos descobrindo o mundo da escrita deve ser muito emocionante, principalmente porque os alunos de EJA têm plena consciência de suas dificuldades, o que às vezes os deixa frustrados. Para mim, o PA, ainda não foi motivo de entusiasmo, pois não o vejo como um mecanismo de fácil entendimento. Através da interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação, fiz estudos importantes sobre a história da didática, cujo pai foi Comênio; sobre planejamento, currículo integrado, pedagogia de projetos, entre outros assuntos. Mas destaco em especial a avaliação, que penso ser necessária a obrigatoriedade de uma disciplina exclusiva para esse tema, devido a sua abrangência e importância dentro da educação. Também, o planejamento, que qualifica ou pelo menos deveria qualificar a educação, isto que os alunos sentem o despreparo do docente, prejudicando assim o desenvolvimento da aula. A interdisciplina de Linguagem e Educação foi maravilhosa, pois há tempo sou alfabetizadora, mas não tinha idéia do que era letramento, sendo que deixei de ser leiga nesse assunto. Interessantíssimo os textos sobre letramento, alfabetização, métodos, planos de aula, entre tantos outros. Entretanto, gostaria de relembrar o trabalho de narrativa que fiz com uma aluna da escola em que trabalho. Ela narrou uma história, rica em detalhes, onde mistura fatos do seu cotidiano com elementos de histórias de faz de conta. Eu fiz a gravação desta narração e após analisei. Através das leituras, percebi que a forma como se deu à narrativa, condiz com o desenvolvimento cognitivo e afetivo desta criança, favorecendo sua aprendizagem. E, o mais importante disso tudo, que jamais devo tirar conclusões precipitadas de histórias que os pequenos contam, pois é bem comum fazerem uma mistura de imaginário e real, bem como situações vividas por eles, por parentes, vizinhos, enfim, é preciso saber ouvir.

Um comentário:

Patricia Grasel disse...

Querida,

Gostei de acompanhar suas postagens durantes esse eixo, vc conseguiu incentivar minha leitura com sua forma de escrita.

Bjoas e parabéns, sucesso em sua caminhada docente.