sexta-feira, 12 de novembro de 2010

RELEMBRANDO O 6º SEMESTRE - 2009/01

Voltar a fazer mais uma interdisciplina envolvendo a Psicologia foi maravilhoso. Estudar Piaget e seus estágios do desenvolvimento mental, podendo identificar e estabelecer associações tanto com os alunos quanto com o meu próprio filho. Modelos epistemológicos e pedagógicos, por Fernando Becker, foi de fácil entendimento, podendo ser utilizado para o aprimoramento da prática docente. Falar em aprendizagem, ação, construtivismo, possibilitou trazer para a prática a parte teórica para embasar o trabalho. Na interdisciplina de “Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais”, não foi nada fácil falar, discutir e refletir sobre a inclusão, principalmente tal como ela é feita. Políticas públicas defendendo direitos dos portadores de necessidades especiais existem, porém apenas no papel, porque na prática elas passam longe. Através de entrevista no município onde trabalho, descobri qual o número de alunos que recebem algum tipo de atendimento dentro da nossa rede de ensino, e vi que a espera ainda é muito longa para ser atendido, o que prejudica o trabalho do docente na sala de aula, que geralmente fica desamparado. Refletir em cima de um estudo de caso, com o qual trabalhava há tempo, fez com que o visse com outros olhos. Já na interdisciplina de “Filosofia”, pude confirmar a necessidade de partir do aluno o desejo de aprender, pois mesmo tendo o professor para motivar, não achei nada interessante e acabei por me desestimular e inclusive deixar atrasar as atividades. Participar de um fórum promovido pela mesma foi quase um sacrifício; falar em argumentos, contra-argumentos, socorro... Trabalhar com questões étnico-raciais na Educação é bastante complexo, pois encontramos muita resistência e preconceito, principalmente com relação ao negro, na sala de aula e na escola. Logo, é preciso uma gama razoável de embasamento teórico, para ter bem claro aquilo que pretendemos alcançar com nossos educandos. Durante uma entrevista que fizemos para a interdisciplina, ficou visível como ainda ocorre preconceito e discriminação em sala de aula e pasmem, dentro da própria família, que os discrimina e menospreza- cabe aqui relatar uma fala de um dos meus alunos entrevistados: ele relatou que o pai grita com ele sempre que vai o ajudar a fazer o tema de casa, chamando-o de negro burro!!!! Outro desafio ao longo desse semestre foi voltar a falar em Projeto de Aprendizagem, que achávamos saber fazer, entretanto, veio a professora de outro pólo e colocou um balde de aguá fria em cima de todas as nossas idéias a respeito disso. Logo, passamos dificuldades para partir dos questionamentos, definir um tema para a pesquisa e enfim realizar o trabalho. Meu grupo optou por falar o por quê de algumas mulheres optarem por não ter filhos, foi trabalhoso, mas bastante gratificante, pois dessa vez aprendemos o que realmente era a construção de um PA.

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