segunda-feira, 19 de abril de 2010

REPENSANDO...



Me surpreendi ao fazer o relatório semanal da minha prática de estágio, pois foi uma forma de avaliar aquilo que deu certo e aquilo que ainda não funcionou como deveria. Não que isso não fosse feito anteriormente, mas não ocorria dessa forma. Repensei a semana que se passou, vislumbrando os objetivos que havia proposto para aquele período e percebi que a maioria deles foi desenvolvido; que alguns ainda devem ser retomados e que surgiram outros que não haviam sido previstos. Cito a atividade que propus da construção de um livro sobre a história de cada um: tenho uma aluna adotiva e outro aluno que mora com os avós, por isso surgiu um conceitual que estava previsto para mais tarde - os tipos de famílias – mas que em virtude de haver solicitado que desenhassem seus pais, surgiu esse assunto, que foi discutido e conversado pelo grupo. Percebi que foi muito importante para a aluna que é adotiva, sentir que tanto para a professora como para os colegas, ter uma família adotiva é normal. Assim, confirmo que o planejamento deve ser flexível, pois ao longo do seu desenvolvimento, ele pode sofrer alterações, seja a inclusão de novos conceituais ou mesmo o adiamento de alguns previstos.
Apesar de todo o esforço que tenho feito para planejar atividades atrativas e envolventes, ainda percebo que muitos alunos apresentam um tempo curto de concentração, demonstrando distração; olhando para os lados; para qualquer coisa; para o nada; ou fazendo comentários completamente diferentes do assunto a que estamos nos referindo. Sinto que os alunos realizam as atividades por obrigação, da forma mais rápida possível para acabarem logo, e isso ocorre seja com atividades escritas, seja com jogos e brincadeiras e principalmente com discussões orais, onde necessitam expor seu ponto de vista ou contribuir com alguma colocação. Tenho procurado diversificar as propostas de trabalho, com a intenção de atrair e estabelecer alguma relação significativa para o meu educando. Confesso que nem sempre é fácil, pois a rotina diária é bastante cansativa e falta tempo para buscarmos materiais mais interessantes e relacionados àquilo que estamos estudando. As escolas estão relativamente bem estruturadas com relação a materiais pedagógicos, mas seria necessário dispormos de um tempo para realizar pesquisas na própria escola, bem como fazer leituras dos livros a disposição e materiais audiovisuais disponíveis, para saber a que se referem. Enquanto isso, desenvolvo o meu trabalho almejando acertar sempre, mesmo que durante o caminho encontre alguns obstáculos, mas seguindo sempre em frente, firme e forte naquilo que me proponho.

Um comentário:

Marga disse...

Fabiana....o processo de construção de um vinculo suficientemente sólido para amenizar essa tua angustia é particularmente indefinido. Os aspectos afetivos advindos da família, a tua presença como novidade nesse contexto e a própria insegurança que a situação de mudança pela qual a menina passa justificariam esse tipo de atitude dela. Por isso é muito importante a parceria com a psicóloga e a equipe diretiva. Infelizmente a legislação nos limita muito no que tange aos caminhos que precisariam ser trafegados pedagogicamente falando. Tu estás norteando, assegurando que as escolhas tem causas e conseqüências. Segui insistindo, estudando estratégias, objetiva e metologicamente bem determinado. Trabalhar com seres humanos tem dessas coisas. Por serem únicos e com realidades subjetivas tão diferentes, diversifica e abre um grande leque de resultados. Pode ser que a escola da vida se encarrega de fazer o que a vida na escola não é suficiente para organizar o andar de cada um. O importante é não desistir e ter a humildade de sempre pedir ajuda , como tu já estas fazendo! Abracitos.