segunda-feira, 12 de abril de 2010

Muita agitação!!!!

Procuro fazer da minha sala de aula um espaço construtivista, pois conforme Piaget: “Conquistar por si mesmo um certo saber, com a realização de pesquisas livres, e por meio de um esforço espontâneo, levará a retê-lo muito mais; isso possibilitará, sobretudo ao aluno, a aquisição de um método que lhe será útil por toda a vida e aumentará permanentemente a sua curiosidade, sem o risco de estancá-la, quanto mais não seja, ao invés de deixar que a memória prevaleça sobre o raciocínio, ou submeter a inteligência a exercícios impostos de fora, aprenderá ele a fazer por si mesmo funcionar a sua razão e construirá livremente suas próprias noções.” (Piaget, 1976, cap. V) Logo, ao interagir com a aprendizagem, o aluno terá mais gosto pelo que está aprendendo, tornando-a significativa, portanto, lembrará para toda a vida. Lembramos somente daquilo que de uma forma ou de outra nos trouxe algum significado. Desenvolvo meu trabalho com a intenção de tornar a escola um local onde os alunos produzam seus conhecimentos de forma autônoma e não apenas recebam conhecimentos transmitidos pelo professor. Por isso, desempenho o papel de mediadora dos saberes, buscando colaborar para a formação de cidadãos críticos e conscientes, capazes de promover transformações.
Iniciei o estágio com muitas expectativas, dentre elas: saber colocar em prática tudo que eu aprendi ao longo do PEAD/UFRGS; outra é encontrar a melhor forma de sanar as dificuldades individuais dos meus alunos e quem sabe a mais importante, auxiliar meus educandos para que percebam o quanto é necessário ouvir para aprender.
Gostaria de relatar o jogo do “troca 10” que apliquei na aula de hoje. Os alunos já vem há bastante tempo explorando o material dourado, seja brincando livremente ou conforme o combinado, porém, resistem sempre que proponho alguma atividade dirigida; não querem jogar ou fazem de qualquer jeito. E hoje não foi diferente. Alguns alunos brincaram de acordo com as instruções, mas outros não o fizeram, sendo necessário a minha intervenção. Além disso, dois alunos estão encontrando muita dificuldade em identificar números e associá-los as quantidades correspondentes. Pretendo utilizar de maneira intensiva este material, explorando suas diversas formas de uso, até que todos tenham compreendido unidade e dezena de forma efetiva.PIAGET, Jean. DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM. UFRGS – PEAD

Um comentário:

Marga disse...

Que maravilha, Fabiana! a intencionalidade da tua prática ja demontra que não foi em vão todo o tempo destinado ao Pead. Então vamos por partes:
<> Construir conhecimento de uma forma autônoma requer elementos que permanecem em maior ou menor intensidade durante todo o processo. A curiosidade é um deles.
<> A interação acontece melhor quando a curiosidade é comum.
Sendo assim, o que tu entendes por interagir com a aprendizagem? O que o Pead te trouxe, nas leituras que fizeste e nas relações que construístes ao longo desse tempo de formação pode ser útil para despertar o querer em fazer parte do jogo, ou da atividade que tu, mediadora apresentas? De posse dessas respostas, relate o efeito sobre a prática. Vale lembrar que de tudo o que tu te apropriaste teoricamente falando, apenas o que é útil ao teu público alvo é que servirá na tua Prática. Então, verás que até na teoria piagetiana, os limites e a disciplina em atender as exigências que surgem no decorrer da aprendizagem são importantes e necessários.
Abracitos!